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Carta
de uma Turista Acidental
Caríssimos leitores e leitoras, Cá estou,
imbuída no propósito de contar sobre minha segunda visita
à Suíça. Não acho que seja uma tarefa fácil,
porque como dizem as primeiras palavras dessa missiva, por dez dias, no
início de agosto, fui realmente, em estado agudo, uma turista acidental.
Não se avexem! Eu explico o motivo da deixa. O que me levou ao
país do chocolate, pela segunda vez, é de carne e osso,
tem dois braços, duas pernas, dois olhos... Opa!!! Pois é,
essa demora toda para dizer a vocês que, apesar de tão escasso
ultimamente, o amor ainda é capaz de surpreender, nos surpreender! Os apaixonados nunca
estão onde os vimos ou acreditamos que se encontram. Dizem os cientistas
que quando amamos somos como ondas que se propagam. Todo o nosso ser flui
e embora aparentemente esteja aqui, no Brasil, sentada à mesa,
no ponto de ônibus ou na mesa de um bar, de fato estou aí,
onde o meu coração me arrebata. Como podem ver, a existência
humana já não pode ser considerada fora da dimensão
quântica. Entenderam? Deixei-me levar pelas
construções imponentes, pelo multiculturalismo de Genebra
e Zurique. Em meia hora de caminhada pode-se encontrar indianos, árabes,
tailandeses e muitas outras nacionalidades. A impressão é
que estava diante de um grande mosaico humano, em movimento constante.
Me embalei na frenética agitação dos cafés,
dos bares e restaurantes em noites e dias de surpreendente calor europeu.
Uffa! E quê calor! Sem dúvida esse último verão
europeu ficará marcado como um dos mais quentes da história
do continente. Com certeza, em Genebra
e Zurique há muito mais coisas para se ver e fazer mas, para uma
turista acidental até que fui à forra. Para falar a verdade,
não me agradou conhecer o reduto da prostituição
em Zurique e Genebra, onde (sobre)vivem prostitutas brasileiras, cubanas,
russas, colombianas, tailandesas, etc. Nada contra o metiê e nem
a favor de falsa moralidade, mas é que se pensarmos um pouco mais,
vamos ver que essa situação faz parte de um problema bem
maior, convertido na desigualdade entre as nações. Ah! já estava me esquecendo da boa nova: a primavera chegou e com ela JABOTICABA!!!
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